sábado, 15 de novembro de 2008

Cruzeiro decepciona de novo e dá adeus ao título

Título ainda é possível matematicamente, mas é improvável a três rodadas do fim.

O Cruzeiro foi goleado neste sábado à noite por 5 a 2 pelo Náutico, no Estádio dos Aflitos, no Recife, e praticamente deu adeus às chances de conquistar o título brasileiro de 2008. Embora haja possibilidade matemática de o objetivo principal ser alcançado, ele é improvável. A derrota manteve o time mineiro com 61 pontos, quatro a menos que o líder São Paulo, que joga neste domingo.
Por outro lado, a vitória elástica tirou o Náutico da zona de descenso. Os pernambucanos foram a 40 pontos e à 15ª posição. Os gols foram marcados por Gilmar (2), Felipe (2) e Everaldo. O Cruzeiro descontou com Wagner e Guilherme.
A meta viável para o Cruzeiro passa a ser a vaga na Copa Libertadores de 2009. O time precisa somar sete pontos nas três rodadas finais para alcançar esse objetivo. Segundo o matemático Tristão Garcia, é preciso somar 68 pontos.
No próximo domingo, o Cruzeiro receberá o Flamengo no Mineirão. Por ser um concorrente direto à vaga na Libertadores, a vitória se torna fundamental. O Náutico visitará o Figueirense na quinta-feira, em Florianópolis.
O jogo
Foi injusta a vitória parcial do Náutico 2 a 1 no primeiro tempo. Não que o Cruzeiro tenha sido superior, mas fundamentalmente por dois erros fatais cometidos pelo árbitro Sérgio da Silva Carvalho (DF). Primeiro, ele anulou um gol legítimo de Ramires aos 15 minutos, quando o time mineiro estava em desvantagem de 1 a 0. O segundo lance capital foi a marcação de um pênalti de Henrique sobre Gilmar, aos 21, quando a partida se encontrava empatada. A marcação correta seria obstrução dentro da área.
Tirando os erros, o Cruzeiro teve dois momentos distintos na primeira etapa. O começo foi terrível, com erros seguidos na troca de passes e mau posicionamento dos defensores. O primeiro gol do Náutico saiu aos quatro minutos graças à soma dessas deficiências. Jonathan tentou dominar uma bola lançada pelo zagueiro Titi e armou o contra-ataque. Gilmar foi lançado por Alessandro, passou por Fortunato e bateu no canto esquerdo do goleiro Fábio: 1 a 0.
O Náutico se manteve melhor nos minutos seguintes, até que o Cruzeiro marcou um gol com Ramires, aos 15, com um toque na saída de Eduardo. O auxiliar viu impedimento de Camilo após lançamento de Guilherme, sendo que ele parou no lance justamente para dar condição ao volante para penetrar e igualar o marcador.
Mas, dois minutos depois, o Cruzeiro conseguiu fazer justiça no placar. Wagner foi lançado na área por Henrique, bateu de perna canhota e venceu o goleiro Eduardo em seu canto direito: 1 a 1.
O Náutico insistiu no ataque e foi beneficiado com a marcação de um pênalti inexistente aos 21 minutos. Henrique obstruiu Gilmar e o árbitro do Distrito Federal não deu ouvido às reclamações dos cruzeirenses. Felipe cobrou no canto direito e pôs 2 a 1 no placar.
A partir do gol de vantagem, o Náutico se retraiu e passou a esperar o Cruzeiro em seu campo de defesa. Os pernambucanos passaram a explorar os contra-ataques até o fim do primeiro tempo.
O melhor lance do Cruzeiro antes do intervalo foi um arremate à queima-roupa de Guilherme defendido pelo goleiro Eduardo, aos 37. Pelo lado do Náutico, Derley desperdiçou ótima oportunidade aos 38 minutos ao bater “mascada” a bola lançada por Felipe.
Intervalo
Léo Fortunato passou mal no vestiário e precisou ser substituído por Thiago Martinelli. Adílson Batista ainda decidiu trocar Camilo por Thiago Ribeiro no ataque. Curiosamente, antes do jogo, o técnico alegou ter sacado Ribeiro da equipe por restrições físicas.
O Náutico voltou a campo num ritmo mais forte, disposto a aumentar a vantagem. O primeiro susto foi um chute de Gilmar, aos dois minutos. O terceiro gol do Timbu saiu aos três. O atacante Felipe foi lançado atrás da zaga, em condição legal, e tocou na saída de Fábio: 3 a 1. Havia um atleta no Náutico adiantado, pela direita, mas a verdade é que ele não teve participação na jogada.
O Cruzeiro reequilibrou o jogo após o terceiro gol e barrou o ímpeto dos donos da casa. Aos 15 minutos, Jonathan saiu contundido e foi substituído por Carlinhos. O promovido assumiu a lateral esquerda, enquanto Fernandinho passou a atuar como volante e o curinga Marquinhos Paraná, como lateral direito.
Os mineiros até que criaram oportunidades, mas pecaram nas conclusões. Guilherme e Wagner, peças fundamentais para a reação, decepcionaram mais uma vez longe de Belo Horizonte.
Já na defesa, Fábio segurava as pontas em ataques esporádicos do Náutico. Aos 28 minutos, por exemplo, ele defendeu chute forte de Ruy da entrada da área impediu o quarto gol pernambucano.
Aos 29, o árbitro marcou pênalti num toque de mão de Hamilton em chute de Wagner. Guilherme cobrou firme no canto esquerdo, aos 31 minutos, e diminuiu a vantagem dos anfitriões para 3 a 2.
O Cruzeiro foi todo ao ataque nos minutos finais em busca do gol de empate. O técnico Roberto Fernandes decidiu então mudar o ala esquerdo: Alessandro deu lugar a Everaldo. Num contra-ataque rápido, aos 38, o promovido lançou Geraldo na esquerda, recebeu cruzamento na área e mandou para as redes na pequena área: 4 a 2.
O Náutico fechou o placar aos 43 minutos, em novo ataque pela esquerda. Felipe lançou Gilmar, ele ficou diante de Fábio e tocou na saída: 5 a 2.

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